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IV Jornada da Pessoa com Deficiência abre programação com protagonismo e inclusão

IV Jornada da Pessoa com Deficiência abre programação com protagonismo e inclusão

A manhã da última quarta-feira, 27, foi marcada por temas como protagonismo e inclusão: a Secretaria de Saúde realizou o primeiro dia de programação da IV Jornada da Rede da Pessoa com Deficiência no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto.

Cerca de 200 pessoas acompanharam a abertura do evento, cujo propósito principal é promover reflexão, aprendizado e fortalecimento das políticas públicas de inclusão, tendo como centro do debate o protagonismo das próprias pessoas com deficiência – tema das atividades desenvolvidas no primeiro dia.

Logo na abertura, a mesa de autoridades destacou a relevância do encontro, que tem se consolidado como espaço de diálogo entre profissionais, gestores, familiares e a comunidade.

“Este é um espaço para que possamos aprender diretamente com as pessoas com deficiência, que compartilham suas vivências, suas conquistas e desafios. O protagonismo está em cada fala, em cada apresentação, em cada gesto de inclusão”, destacou a fisioterapeuta da Unir, Leovigilda César.

O dia transcorreu com palestras de profissionais da Saúde e da Educação, além da participação de representantes de municípios vizinhos, Caraguatatuba, Caçapava e São Sebastião, que compartilharam experiências e projetos voltados ao fortalecimento da rede de cuidados.

Cotidiano das pessoas com deficiência

Um dos pontos altos da jornada foi a presença de atletas com deficiência praticantes de luta e tiro com arco, que falaram sobre suas trajetórias no esporte e como ele funciona como ferramenta de inclusão. “Esse é o objetivo: fortalecer de dentro para fora, para que nenhuma dificuldade física, mental, visual ou auditiva atrapalhe a evolução da pessoa”, destacou o paratleta e Equipe do Ratos de Tamame, Fernando Ferreira.

Uma das palestras foi a do professor e atleta paralímpico, Juan Ricardo Feindt Urrejola, cuja trajetória no paradesporto militar começou em 2015, quando integrou a primeira equipe de militares com deficiência do Brasil nos Jogos Mundiais Militares na Coreia do Sul, na modalidade tiro com arco. Desde então, passou a representar o país em diversas competições internacionais. Além do vôlei sentado, ele segue ativo na modalidade tiro com arco, incluindo os jogos mundiais militares.

“No Comitê Paralímpico, usamos o iceberg para explicar a trajetória de um paraatleta: a base é a reabilitação feita por vocês [profissionais da reabilitação/ fisioterapeutas], que atendem tanto atletas olímpicos lesionados quanto paraatletas em início de carreira; a partir daí, o caminho passa pelo turismo esportivo, pela conquista da independência no cuidado com o próprio corpo e equipamentos, até chegar ao nível paralímpico”, compartilhou Urrejola.

O evento contou, ainda, com apresentações culturais, como grupos de dança inclusiva, mini show de um rapper com necessidades especiais e capoeira adaptada.

Nesta quinta-feira, 28, a iniciativa teve continuidade com o 1º Fórum de Reabilitação de Ubatuba na Câmara Municipal, reunindo gestores e profissionais para discutir avanços, desafios e estratégias de fortalecimento da rede municipal de cuidado à pessoa com deficiência.

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