Promover avaliação oftalmológica a alunos de 5 a 8 anos em escolas públicas de Ubatuba: esse é o objetivo do projeto “Olhinhos do Futuro” – uma iniciativa das Secretarias de Saúde e Educação que está sendo implantada de forma piloto na Escola Municipal Maestro Pedro Alves de Souza, no bairro do Horto. O projeto teve início nesta quinta-feira (17).
De acordo com o manual de orientação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, aproximadamente 20% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de distúrbio ocular. As causas desses distúrbios são as mais variadas e podem estar vinculadas a fatores biológicos, sociais e ambientais.
O projeto é organizado pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEP), da Secretaria Municipal de Saúde, e seus profissionais explicam que ações para prevenir a cegueira e a baixa visuais incluem a implementação de programas de rastreio de visão em grande escala com pessoal suficiente para realizar um exame de qualidade.
Conforme as orientações do projeto, para colocá-lo em prática devem ser cumpridas quatro etapas: treinamento de professores e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para reconhecimento de alterações do comportamento visual e realização do teste de acuidade visual com tabela de Snellen nas crianças inclusas no projeto para que seja realizada a triagem inicial; triagem de acuidade visual realizada pelos professores e/ou ACS conforme treinamento; avaliação oftalmológica completa de forma voluntária em clínica especializada; e elaboração de alguma forma de conscientização de familiares para saúde ocular.
A diretora da Atenção Básica de Ubatuba, Márcia Santos, explica a importância do “Olhinhos do Futuro”. “Além de identificar problemas de visão precocemente nos alunos, nossa expectativa é que seja possível intervir de forma oportuna para conferir menores chances de atraso no desenvolvimento físico, neuropsicomotor, educacional, econômico e na qualidade de vida, além de realizar uma atuação abrangente a partir de uma rede de cuidado integral”, destacou a diretora, informando ainda que o projeto deve ser levado para outras escolas em 2023.
