A Prefeitura de Ubatuba fomenta iniciativas com associações sem fins lucrativos por meio de termos de parceria. Uma dessas entidades é a Associação Ubatuba de Surf (Aus), cuja parceria acontece desde 2006 visando o desenvolvimento dos torneios da modalidade no município.
Nesses 16 anos, essa parceria vem sendo consolidada e valorizada tanto pelo executivo, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer (Smel), como pela Aus, utilizando o convênio para, principalmente, focar na formação dos atletas a partir das categorias de base. De acordo com o coordenador de Esportes Radicais da Smel, Fábio Lima, um dos principais motivos que contribuem para esse sucesso é o potencial de Ubatuba.
“Uma cidade que respira surfe e uma prefeitura que vem reconhecendo esse talento, esse volume de surfistas na cidade e no que esse incentivo favorece a cidade, como o turismo esportivo. Muitas vezes, no inverno, grande parte dos visitantes vem, com frequência, em busca de ondas”, pontuou Lima.
Atualmente, o valor desse repasse que subsidia as ações da entidade, auxiliando na realização de campeonatos da modalidade no município de Ubatuba, é de R$100 mil reais e todos os anos a Aus tem o dever de apresentar a prestação de contas, garantindo que o recurso seja aplicado de maneira correta. “Em todos esses anos, a Aus sempre honrou essa parceria. Sempre teve uma prestação de contas aprovada e dentro dos critérios propostos pelo próprio convênio”, afirmou Lima.
Trajetória e investimento
De 2006 a 2012, todo o recurso era destinado somente para o Circuito Municipal – Ubatuba Pró Surf (UPS), considerado o maior circuito municipal de surfe do mundo. A competição engloba três etapas com todas as categorias contemplando critérios como idade, estilo prancha e gênero.
Em 2013, a Aus sentiu a necessidade de dividir essa verba para contemplar mais competições. Neste ano, foi criado o Circuito Estudantil (base), com um investimento de 20 mil para a realização de quatro etapas seguidas e descentralizadas (uma por região mais a final).
“O Estudantil é considerado a base da base. A meta é buscar esse aluno de iniciação, inclusive do soft board (que ainda não passou para a fibra), para disputar”, explicou o coordenador.
Segundo ele, o intuito social visa atender todas as escolas em uma espécie de jogos escolares abertos e unificados, juntando unidades municipais, estaduais e particulares em categorias como sub 12/sub 14/sub 16 – masculino e feminino – sem inscrição em dinheiro.
“A inscrição é feita pela escola por meio de indicação da diretoria de cada Unidade, usando como base critérios como desempenho escolar e comportamento – desta maneira, o esporte serve como um incentivo a mais, colaborando com a disciplina e foco dos alunos nos estudos. Além disso, todos os participantes ganham medalha”, salientou Lima.
Em 2014, a Aus passou a ter três planos de trabalho, acrescentando a competição estadual
Hang Loose Surfe Attack à lista de contempladas pela verba. Ela é a continuação do trabalho de base já feito, com a participação de competidores de todo o Brasil com até 18 anos.
O investimento é de R$ 30 mil em três etapas – sendo que desse montante, 20 mil são somente para a inscrição dos atletas. Desta maneira, o restante é aplicado em transporte, alimentação e hospedagem.
Com a nova divisão desde 2014, o Circuito Municipal – Ubatuba Pró Surf – tem um repasse de R$ 50 mil para três etapas e os atletas que apresentam melhor desempenho nesse torneio são indicados para competir o Hang Loose (estadual) representando Ubatuba.
“Nós não podemos perder esses produtos. O investimento no Estudantil é muito importante e, além disso, não podemos perder a tradição do Ubatuba Pró Surfe”, ressaltou o secretário de Esportes e Lazer, Tiago Balio.
Estrutura
A estrutura mínima para a realização de um evento exige:
Staff (inclui juízes)
Alimentação
Som
Sistema de nota
Sistema de transmissão de nota/ imagem
Repetição de nota (espécie de VAR)
Camiseta
Lona
Premiação
Por isso, para complementar a verba para a promoção do evento, além das inscrições, a Aus conta com patrocínio de empresas privadas. Cada etapa custa cerca de R$40 a R$45 mil reais.
De acordo com o novo presidente da Aus, Cleiton Santos Félix, o objetivo é criar alternativas para que a Aus possa aumentar o valor investido nas competições, visando a expansão do trabalho e um melhor subsídio aos competidores.
“Além disso, nós sabemos o quanto é importante investir nas crianças e esse tem sido nosso foco. Desta maneira, a Aus e a prefeitura estão olhando para o futuro em si”, finalizou.
