Reduzir a produção de resíduos, ampliar o aproveitamento de materiais recicláveis e orgânicos, bem como multiplicar ações de educação ambiental para alunos e toda a comunidade são alguns dos objetivos do Projeto Lixo Zero implementado inicialmente em duas escolas do município: E.M Renata Castilho, no Saco da Ribeira, e E.M Manoel Inocêncio, no Sertão do Ubatumirim.
O Projeto Lixo Zero foi aderido pela Secretaria de Educação de Ubatuba e tem como missão destinar somente 10% dos resíduos para os aterros sanitários e reciclar e reutilizar os outros 90%. A iniciativa prevê uma certificação validada a partir de pré-requisitos estabelecidos de forma internacional, a fim de atestar a correta gestão de resíduos sólidos. A ação faz parte de um projeto piloto nas escolas, com expectativa de ampliação para outras unidades escolares.
Por meio do programa, serão promovidas ações de educação ambiental, coleta seletiva, oficinas, palestras, instalação de composteira, entre outras atividades que buscam capacitar alunos e professores, que se tornarão multiplicadores de conhecimento na comunidade escolar e no entorno da unidade.
No Ubatumirim, o projeto tem avançado com a orientação da engenheira ambiental Heydi Pitteri. Além do trabalho de conscientização realizado em sala de aula, na última semana, o grupo programou uma atividade de sensibilização com os alunos.
“Fizemos uma saída da escola para o estímulo de sensações, reconhecendo cheiros, sabores e sons. Incentivamos a reflexão sobre os cuidados necessários com o lixo descartado em lugares impróprios, como mar, rio e cachoeira, além da importância da reciclagem. Visitamos a casinha de lixo, vimos fotos de crianças em aterros sanitários e, em seguida, pudemos desfrutar de uma área natural, limpa e agradável sentindo e pensando nos contrastes dessas sensações”, explicou Talia Tomazoni, parceira do Lixo Zero, em conjunto com a educadora ambiental e integrante do projeto Mar Sem Lixo, Mayla Dombrowsky.
Na escola do Saco da Ribeira, o Lixo Zero é desenvolvido em parceria com o projeto Ribeira Viva. “Na escola Renata Castilho, as oficinas ambientais acontecem semanalmente, desde maio, com os alunos que integram a educação integral. No primeiro semestre, trabalhamos o tema resíduos e suas divisões, entre recicláveis, orgânicos e rejeitos, bem como toda a problemática que envolve a falta de gestão residual. Além disso, trabalhamos também conceitos como a cultura oceânica, cidadania e coletividade. Neste semestre, as crianças trabalharão os conceitos na prática e farão, eles próprios, uma apresentação com a proposta para que a escola inicie a gestão de resíduos, com a construção de composteira, residuários e implantação da horta, que é onde entra o conceito Lixo Zero. Quando a proposta parte dos alunos, há um apelo sensível mais forte. O projeto, ainda piloto, possibilita as experiências de agora, uma vez que os erros e acertos são o que nortearão o desenvolvimento das ações nas demais escolas com a expansão do projeto”, destacou Patrícia Barros, idealizadora do Ribeira Viva e colaboradora do Lixo Zero.
A ação vem ao encontro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, que tem a finalidade de contribuir para a qualidade de vida da sociedade, promovendo a agenda 2030 da ONU que é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade.
Crédito das fotos: Colaboradoras do Projeto Lixo Zero
