A Prefeitura de Ubatuba e uma comissão formada por representantes dos ocupantes da área do Morro do Fórum, na Estufa II, se reuniram novamente na manhã desta quarta-feira (6) para buscarem uma solução para o cumprimento da decisão judicial que determina a demolição das construções erguidas na área pública, reconhecida como de risco pela Defesa Civil.
Uma das soluções apresentadas pela comissão dos ocupantes foi a indicação de uma área no município para que todos possam se realocar até o desenvolvimento de projetos habitacionais. O espaço indicado pelo grupo refere-se a uma área estadual localizada na região oeste da cidade. A comissão conta com o apoio do secretário Nacional de Moradores de Favela, Thiago Gallo e de ONG’s ligadas aos Direitos Humanos que já estão em tratativas na esfera estadual visando a liberação da área.
Durante a reunião, o prefeito Marcio Maciel (MDB) reforçou que tem buscado auxiliar os ocupantes e que conseguiu adiar o prazo da demolição que estava agendada para o próximo dia 13. “A prefeitura deseja que tudo se resolva de forma pacífica, mas também não pode deixar de cumprir a ordem judicial. Neste momento, conseguimos adiar a demolição, mas a ação ainda deve acontecer neste mês de setembro”, explicou o prefeito, ressaltando ainda que a Secretaria de Assistência Social tem oferecido apoio às famílias que desejam retirar seus pertences do local e estuda também a possibilidade de oferecer uma ajuda de custo, por tempo determinado, às famílias.
Os ocupantes do Morro do Fórum chegaram a passar a noite em frente ao prédio da prefeitura, mas ao serem atendidos no gabinete já deixaram o local. A reunião contou também com a presença do secretário de Governo, Marcelo Ângelo e da secretária de Habitação, Denise Gontijo.
“Temos buscado medidas efetivas para garantir aos ocupantes da área moradias com dignidade. Estamos em constante diálogo com a comissão, mas também precisamos lembrar que este é um processo antigo. Hoje foi apresentada uma nova proposta de realocação dos ocupantes e aguardamos uma definição do Estado quanto à liberação da área indicada pelo grupo”, esclareceu o secretário de Governo.
