Poder Executivo Municipal

Prefeitura de Ubatuba assume administração da Coambiental

Prefeitura de Ubatuba assume administração da Coambiental

Após dois anos de negociações com as concessionárias de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município, na manhã desta terça-feira, 23, a Prefeitura de Ubatuba assumiu a administração da Cooperativa de Saneamento Ambiental da Praia Grande (Coambiental). Sob decreto que determinou a requisição, a empresa passa a ser gerenciada pela municipalidade sob o comando dos interventores Pedro Vicente Tuzino Leite e Ivo de Oliveira Lopes Júnior. A Prefeitura, agora, cobra mais investimentos à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) como condição para a renovação do contrato.

A Prefeitura entende que a falta de investimento e universalização dos sistemas vem comprometendo o meio ambiente, a saúde pública, a qualidade do turismo e a economia da cidade.

De acordo com a secretaria de Assuntos Jurídicos, a medida de requisição adotada junto à Coambiental justifica-se por denúncias realizadas por órgãos ambientais e, principalmente, pela falta de transparência na gestão da entidade, que nunca prestou contas. Operando na Praia Grande há 27 anos, com licença pela Cetesb para 1.400 ligações, hoje, atende 5.400. O sistema de tratamento é insuficiente e o cronograma apresentado em 2013, para ampliação da estação até 2015, não foi cumprido, além de informações negadas à municipalidade sobre os serviços prestados, conforme preconiza a Lei de 2011 que renovou e autorizou a sua permissão.

Sabesp

Há 38 anos operando em Ubatuba, a Sabesp encontra-se com o contrato vencido desde 2010. Neste período, implantou apenas cerca de 40% de rede de esgoto e 80% de abastecimento de água tratada. Estima-se que a empresa arrecadou R$ 1,2 bilhão e não investiu o suficiente para o atendimento das necessidades do município. A Prefeitura realizou diversas reuniões, enviou inúmeras notificações solicitando a universalização dos sistemas em um prazo de 10 anos, mas sem sucesso. Hoje, Ubatuba está no ranking no estado de São Paulo como uma das cidades com o menor índice de cobertura da Sabesp.

A análise da Prefeitura ainda apontou que ambas concessionárias estão com seus sistemas superados no que tange o limite de atendimento das Estações de Tratamento – ET’s e também são responsáveis pelo destino inadequado dos efluentes dessas ET’s, qu são encaminhados para o rio Acaraú, desaguando na baia do Itaguá, o que provoca a sua poluição. Além de ser crime ambiental, ainda oferece riscos de doenças de veiculação hídrica, o desestimulo ao turismo e também a estagnação da construção civil. 

Solução

No mês de maio a Prefeitura apresentará, em audiência pública, o Plano Municipal de Saneamento Básico, revisado e ampliado. Neste plano consta a criação de agência reguladora, o quadro de necessidades para a efetiva ampliação do sistema de água e esgoto, a universalização com o menor impacto nas tarifas aplicadas atualmente.

Para o prefeito de Ubatuba, Delcio Sato (PSD), a cidade não pode mais conviver com este descaso. “Precisamos tomar atitudes que proporcionem a Ubatuba um salto na qualidade de vida para todos. Talvez a municipalização possa ser o caminho para a solução. Mas, contamos com a participação de todos preservando nossos rios, ligando suas residências às redes e apoiando nossas iniciativas”, disse Sato.

Reunião Coambiental

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