Poder Executivo Municipal

Começa a implementação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos

Começa a implementação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos

Conhecer o que está presente na massa de lixo gerada em Ubatuba, como tipos de orgânicos, plástico, metais, papel ou vidros, é o objetivo do trabalho que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente começou neste mês de agosto, com uma equipe integrada por técnicas da empresa Terra Melhor e funcionários da Sanepav e Secretaria de Obras. O objetivo final é definir e dimensionar uma planta de tratamento dos resíduos de acordo com as necessidades do município.

Juan Blanco Prada, secretário do Meio Ambiente, destaca que a ação marca o início da implementação do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos, aprovado em dezembro de 2014.

Christiane Pereira, engenheira da Terra Melhor, explica as etapas do trabalho. “No primeiro momento, em agosto, terminaremos esse diagnóstico dos resíduos, que significa conhecer também como é a gestão atual dos resíduos no município e quais os espaços licenciados para manejo que já existem”.

A cidade já conta, por exemplo, com um espaço para compostagem e para reciclagem de resíduos da construção civil. “Significa também quantificar os bota-foras – pontos nos quais são despejados resíduos madeireiros e da construção civil – e identificar quais dessas áreas podem ser usados futuramente para uma gestão descentralizada, porque o município é extremamente longo e demanda soluções específicas para cada região”.

A etapa seguinte é a de definir a linha de reciclagem dos resíduos, a ser discutida com a comunidade para adaptações e, por fim, a elaboração do relatório final. Esse documento orientará soluções de curto, médio e longo prazo, acompanhando tantos as metas de redução de resíduos destinados a aterros. Todo o processo deverá ser concluído até o final de outubro.

“Ubatuba tem um espaço disponibilizado pra triagem já na área de transbordo e que não está em condições adequadas. As reciclagens da construção civil e a compostagem de resíduos orgânicos ainda acontecem em uma escala muito pequena. A melhoria e otimização do próprio sistema de valorização dos resíduos já existentes é um exemplo de ação de curto prazo que poderá ser feita”, conta Christiane. “Outro exemplo é a implementação de ecopontos, espaços onde a comunidade pode levar de forma rápida e fácil seus resíduos”.

Já um exemplo de ação de longo prazo, que demanda bastante investimento, seria a instalação de uma planta de tratamento de resíduos adequada às características do município. “Aqui em Ubatuba, tem mais presença de orgânicos no lixo. Esse cenário muda nos meses de alta temporada, quando há mais embalagens. Porém a planta tem que atender ao cotidiano do município e ter medidas emergenciais para atender a sazonalidade, e não o contrário senão ela fica ociosa, onera o município e quem paga as contas é o cidadão”.

A engenheira, cujo trabalho na área de resíduos é vinculado a entidades de pesquisa de ponta como a PUC-Rio e a Universidade Tecnológica de Braunschwig, da Alemanha, é consultora das prefeituras de Jundiaí e Florianópolis, entre outras. Ela destaca a excelência do plano de Ubatuba: “Fiquei impressionada com sua complexidade no sentido de já entender que se há 35% de recicláveis entre os resíduos, nem tudo consegue ser reciclado. O plano de Ubatuba é seguro, fiel à própria gestão atual dos resíduos e bastante rico em apontar fragilidades e desafios para prover melhor prática de valorização dos resíduos”.

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