Poder Executivo Municipal

Gestoras realizam transição de alunos com NEE

Gestoras realizam transição de alunos com NEE

Com o final do ano letivo chegando, as escolas CEI Corsino, Emei Dinorah e EM Maria Josefina Giglio iniciaram o processo de transição das crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE).

No início desta semana, as gestoras das três unidades escolares municipais estiveram com representantes da equipe multidisciplinar da seção de Educação Especial da Secretaria de Educação de Ubatuba para possibilitar a troca de informação sobre o processo de alunos que já são atendidos nas salas de recursos, deixando as equipes previamente atentas ao desenvolvimento e particularidades dessas crianças para que, no começo do próximo ano, as professoras já sejam informadas com antecedência para planejarem  as estratégias pedagógicas mais adequadas a serem utilizadas em sala de aula com o objetivo de proporcionar um ambiente acolhedor e adequado para a necessidades de aprendizagem de cada aluno.

A ideia do encontro entre os gestores para a transição e a mediação dessa conversa foi trazida pela psicopedagoga Malu Teixeira, que destacou a importância do procedimento. “Essa iniciativa foi muito bem aceita pelas participantes e, dessa maneira, o gestor já vai poder pensar para o ano que vem as políticas que ele vai precisar desenvolver na escola especificamente para essas crianças, que podem apresentar um comportamento diferenciado ou outro fator, como por exemplo, seletividade alimentar, como um dos casos que tivemos. Nessa situação, a escola já se organizou para que essa característica seja respeitada”, garantiu a psicopedagoga.

A maioria dos alunos que concluiu a etapa I na Emei Dinorah deve ser matriculado na EM Josefina (mesma região) e as crianças que terminam o maternal II na CEI Corsino, na Estufa, provavelmente serão matriculadas na Emei Dinorah pelo mesmo motivo.

De acordo com a chefe da Seção de Educação Especial, Flávia Varallo, essa foi uma iniciativa piloto que deve ser adotada em outras unidades no próximo ano. “Essa ação pode contribuir com a organização das ações iniciais da escola para o processo de acolhimento e processo de ensino-aprendizagem da criança com necessidades educacionais especiais, a partir da troca de informações entre as equipes gestoras, que já ficam informadas sobre as características de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos – tanto os que já tem o diagnóstico, quanto os que estão em processo de avaliação na saúde – bem como encaminhamentos, conversas com as famílias, relatórios médicos”, explicou.

Ela ainda comentou sobre os desafios da atuação no segmento. “O processo de inclusão é complexo e exige o compromisso de todos, cada um cumprindo seu papel e desempenhando sua função. A inclusão escolar depende de todos que estão envolvidos no processo de desenvolvimento da criança, afirmou Flavia.

Panorama

Hoje, na Rede Municipal de Ensino de Ubatuba são 318 crianças com diferentes diagnósticos, dentre eles Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Deficiência Intelectual, Deficiência física, Deficiência Auditiva, Deficiência Visual e outras condições diagnósticas. Além desses, 119 alunos estão em processo de avaliação diagnóstica na saúde.

Para promover esse atendimento, atualmente, a SME conta com 15 Salas de Recursos Multifuncionais e 18 professores especialistas em Atendimento Educacional Especializado, que dão assistência às 52 unidades escolares,sendo que três unidades escolares têm duas professoras cada: EM Maria Josefina, EM Tancredo e EM Anchieta (pois possuem uma demanda maior).

Os profissionais da equipe multidisciplinar, atualmente formada por um psicólogo, três assistentes sociais, uma fonoaudióloga e quatro psicopedagogas atendem nossas unidades de forma semanal ou quinzenal.

Salas de Recursos Multifuncionais

Flávia comentou que o trabalho desenvolvido nas salas de recurso é direcionado à estimulação das habilidades envolvidas nos processos de aprendizagem e é realizado com os estudantes público alvo da Educação Especial e alunos em processo de avaliação diagnóstica pelo menos uma vez por semana, durante 50 minutos, no contraturno escolar.

“Para o próximo ano, está sendo programada a implantação de mais uma estratégia de apoio à inclusão escolar: momentos programados no cronograma de atendimento das professoras de sala de recursos para realizar, ao longo do ano letivo, rodas de conversa com as famílias promovendo um espaço de escuta, que terá também a participação de um profissional da equipe multidisciplinar. Cada profissional tem um grupo de escolas pelo qual é responsável de maneira institucional, e também estará nesse momento com as famílias”, finalizou.

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