Na manhã desta quinta-feira (28), a Defesa Civil de Ubatuba foi sede de um encontro com representantes da Defesa Civil estadual para discutir a situação da estrada que dá acesso às praias da Almada e Engenho, que sofreu com as fortes chuvas entre final de março e começo de abril deste ano.
A prefeita Flavia Pascoal, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, major Edílson Ramos de Oliveira, o secretário adjunto da pasta, Alexandre Napoli e a equipe da Defesa Civil, com o diretor da Coordenadoria de Defesa e Proteção Civil, Ricardo Domingos Gil e o engenheiro Diego Dias Ribeiro, fizeram uma retrospectiva e um panorama da situação aos presentes: a diretora da Divisão de Recuperação, Major PM Cláudia Bemi, o Capitão Matheus Nogueira e o engenheiro cabo Wellington Dias da Silva, a fim de justificar a necessidade e urgência da obra, reforçando a importância da obtenção de recursos para sua realização.
“Em um primeiro momento, tínhamos de seis a sete pontos com muito deslizamento e perda de leito carroçável, mas ainda estávamos conseguindo conter com nossas secretarias de Obras e Infraestrutura. Porém, o ponto crucial foi esse: da necessidade de interromper porque estávamos perdendo rolamento asfáltico devido à queda de uma rocha. Tivemos que proibir o tráfego de veículos pesados, porém, ali é um bairro tradicional, onde, há décadas, se realiza o festival do camarão, vem muito turista estrangeiro, então é difícil controlar o tráfego”, explicou Gil.
Foram apontados os diversos pontos em que houve registro de deslizamento de terra e assoreamento, onde devem ser realizadas ações como contenção de encostas, instalação de guard-rail e cortinamento com vegetação.
“Nós estamos pleiteando essa obra no trecho mais crítico que corre mais risco da comunidade ficar isolada, (trecho 08 do documento entregue) e fizemos um trabalho de projeto executivo e planilha orçamentária desse trecho; fora isso, temos um outro material, desenvolvido por um corpo técnico doado à associação de moradores, que contempla toda a estrada”, destacou Ribeiro.
Gil relembrou a importância de aproveitar o momento de estiagem para a realização da obra, antes que o município seja novamente atingido por fortes chuvas.
“Corremos atras porque, em 90 dias, precisávamos fazer um projeto dentro do estado de emergência e que fosse realidade, não coisas astronômicas com valores absurdos. Foram feitos vários projetos e o que ficou dentro do que a gente acredita ser a realidade pra fazer o serviço e com uma correção eficaz para o local foi esse que detalhamos e protocolamos com o estado”, acrescentou o diretor.
“Nos reunimos hoje para pleitear os recursos necessários visando a execução dessa obra tão importante, que é uma obra de emergência e situação de risco para as pessoas. A Defesa Civil fez toda a documentação e estamos solicitando recursos para contemplar toda a extensão da estrada”, garantiu a prefeita.
Estado de emergência
O decreto que estabelece situação de emergência nas áreas afetadas pelas fortes chuvas foi publicado no dia 4 de abril e tem duração de 180 dias. A medida se fez necessária para garantir a preservação do bem-estar da população e das atividades socioeconômicas dos locais atingidos, como uma medida imediata para combater situações emergenciais. Nesse status, os trâmites para obras que evitem novos desastres podem ser agilizados em menos tempo.