Em continuidade ao ciclo de rodas de conversa com as comunidades tradicionais de Ubatuba, a secretaria municipal da Assistência Social se reuniu na segunda-feira, 31 de maio, com lideranças dos quilombos da Fazenda Picinguaba e da Itamambuca para ouvir as demandas da comunidade, apresentar os serviços e programas oferecidos e formas de acesso, além dos novos programas a serem implementados.
No Quilombo da Fazenda, a reunião aconteceu na Casa da Farinha e a secretaria da Assistência Social foi representada pelo secretário Márcio Candido, pelo técnico de referência para as comunidades tradicionais, o sociólogo Uirá Freitas, e pela coordenadora de Trabalho e Renda, Priscilla Patricio. Da parte da Fazenda, a reunião foi coordenada pela liderança quilombola Laura Braga.
Esse quilombo conta com um total de 77 famílias residentes. Elas manifestaram grande interesse pelo programa de economia solidária, uma vez que na comunidade existem algumas iniciativas já organizadas em torno a ela.
Já no quilombo do Sertão do Itamambuca, no bairro da Casanga, há 70 famílias quilombolas, e a principal demanda apresentada foi a construção de um centro comunitário. Outra preocupação ressaltada foi em relação à vacinação de famílias quilombolas que vivem fora do território.
“De maneira geral, as comunidades manifestaram grande interesse na economia solidária e na proposta de criação do Centro Público de Economia Solidária, pois há a percepção de que essa política pode potencializar as atividades de trabalho e renda que a comunidade já desenvolve e que ela pode vir a desenvolver”, destacou o secretário Marcio Candido.
Candido relatou também que a população das comunidades que foram visitadas recebeu a equipe da secretaria com muita alegria pela oportunidade de saber dos programas, saber do CREAS, conhecer todos os serviços ofertados no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e as iniciativas do setor de trabalho e renda.
Outro compromisso assumido pela secretaria é o de realizar em breve, no prazo de 60 ou 90 dias, um encontro ampliado, com a participação da prefeita Flavia Pascoal e das secretarias municipais que estão vinculadas a demandas mais específicas de interesse da comunidade.
“Está em pauta também o debate sobre a criação do programa municipal para as comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e caiçaras, com recorte específicos para cada uma. A ideia é a de fazer um projeto abrangente, mas que guarde as especificidades de cada uma das comunidades tradicionais”, finalizou Candido.
