
Centenas de pessoas passaram pela primeira Feira de Economia Solidária, que aconteceu no sábado, 26 de março, na Praça Treze de Maio, no centro da cidade. A feira reuniu mais de 20 grupos que produzem ou comercializam bens e serviços de maneira coletiva, além de integrantes das comunidades tradicionais de Ubatuba.
O evento abriu com falas de Marcelo Salada e de Bethania Souza, em representação da sociedade civil no Conselho Municipal de Economia Solidária, que saudaram os grupos presentes na feira e contaram sobre o processo de preparação e de mobilização. “Foram diversas reuniões semanais realizadas desde janeiro para chegar até aqui”, lembrou Bethania.
Mari Angela Bezerra, secretária municipal de Cidadania e Desenvolvimento Social, destacou que a feira é uma iniciativa transversal do governo, que foi possível graças ao envolvimento de várias secretarias municipais, além da Fundart e da Comtur. “A economia solidária promove a dignidade e a autonomia humana ao estimular que todas as pessoas possam se sustentar de seu próprio trabalho”.
Maurici Romeu, secretário de Agricultura, Pesca e Abastecimento, explicou que a economia solidária é um novo jeito de produzir, vender, comprar e trocar o que é necessário para viver, regido pelos princípios da democracia, da cooperação e da autogestão e que valoriza o conhecimento e o modo de vida das comunidades tradicionais de Ubatuba.
O prefeito Mauricio enfatizou que a implementação da política municipal de economia solidária em Ubatuba começou já de maneira formal, com a realização de conferências e a aprovação da Lei nº 3781, de 02 de outubro de 2014. “Esta primeira feira tem um caráter experimental. Ela articula setores produtivos nas áreas de artesanato, alimentação, confecção, reciclagem e de prestação de serviços e traz também o componente da troca de livros e de outras atividades culturais”.
A programação cultural incluiu apresentações do grupo de Fandango Caiçara, de palhaços da Cia Fulô, do grupo de rap Baseado Nisso, da roda de capoeira do grupo Peregrinos, danças circulares e se encerrou à noite, com show de Luis Perequê.
“Mais do que um espaço de vendas, esta feira é um momento para que a gente dos grupos se conheça melhor”, contou Gilda Godoy, da Coco e Cia, associação que trabalha com a reciclagem de resíduos sólidos.
Na tarde desta segunda-feira, dia 28, a comissão organizadora e os grupos participantes se reuniram para avaliar e ver a continuidade. Uma próxima reunião – exclusivamente dos grupos da sociedade civil – está agendada para a sexta-feira, 1º de abril, às 14 horas.
“A feira foi um primeiro momento de aprendizado: tinha gente que não conhecia o fandango caiçara, eu não sabia o que era dança circular e muitos não sabem o que é economia solidária. Então não é uma feira apenas para produzir, vender um produto e ir embora. A feira também é troca do que eu tenho a oferecer por outra coisa que eu preciso ou quero adquirir”, relatou Denise Amaral, da Associação Polo Produtivo.
“Há gente que é nova na política de economia solidária e gente que está há mais tempo. Há também realidades diferentes de acesso, por exemplo, a transporte e conhecimento. Então temos que ter processo permanente de educação sobre economia solidária e sobre os debates e decisões tomadas ao longo das reuniões”, reforçou Sabrina da Silva, do grupo Bora Cosê.
Mais informações sobre a economia solidária podem ser obtidas junto à Secretaria de Cidadania e Desenvolvimento Social pelo telefone (12) 3834-3502 ou pelo email: feiraecosol.ubatuba@gmail.com
Confira a galeria de fotos. Crédito: Divulgação PMU e Paraquedas Produções