Pelo segundo fim de semana consecutivo, Ubatuba é um prato cheio para amantes da arte da dança. Nos dias 17 e 18 de setembro, o Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto recebe a Companhia de Danças de Diadema que vão se apresentar com dois espetáculos: no sábado, 17, às 20 horas, a obra é chamada Antropo100 – De Cascudo a Eros; já no domingo, 18, às 19 horas, a Cia se apresenta com SCinestesia – ambas iniciativas têm apoio do Programa de Ação Cultural de São Paulo – ProAc SP.
No sábado, 17, ainda haverá um workshop gratuito para adolescentes, jovens e adultos com noções balizadoras para estudos elementares da dança contemporânea e práticas dos Views Points. As inscrições podem ser feitas pelo formulário no google por meio do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe01DfKUfygfx6FqmvGxYICf1v2cKoltDj92Ed3zm-xSfbMgg/viewform?usp=sf_link . No total, são 20 vagas.
Saiba mais sobre as peças:
Antropo100 – De Cascudo a Eros é uma obra coreográfica idealizada pela coreógrafa Ana Bottosso com a essencial colaboração dos artistas intérpretes criadores da Companhia de Danças de Diadema. Inspirado nas Semana de Arte Moderna, a obra traz tendências de miscigenação das linguagens do corpo, como tecida por Eros Volúsia (a dançarina) e contida em registros literários de Luís da Câmara Cascudo sobre a história dos gestos na cultura brasileira, a obra vislumbra trazer à cena a reflexão artística da década de 20 do século passado. Aborda, ainda, aspecto crítico do fazer arte nos dias de hoje, onde ainda nos deparamos com visões fragmentadas e até preconceituosas sobre as possibilidades de mesclas de estilos e linguagens artísticas.
SCinestesia trata de uma obra com matriz no Surrealismo, as transformações se renovam a cada apresentação. Da animação em vídeo à obra coreográfica, muitas experimentações aconteceram. A começar pelo convite para a parceria dramatúrgica com Matteo Bonfitto (ator-performer, diretor artístico do Performa Teatro e pesquisador junto ao Depto de Artes Cênicas na UNICAMP). Outra importante colaboração á obra foi a interlocução com Luciano Sallum, musicista que já compôs para esta Companhia em outras obras. Ainda nos campos da cenografia e figurino, a presença de Júlio Dojcsar e Bruna Recchia veio coroar o processo de criação, incorporando ainda mais o universo surreal buscado.
A escolha do título SCinestesia, tem como intuito provocar uma dualidade de interpretações entre os sentidos das palavras Sinestesia com “S” e Cinestesia com “C”, e isto, traduzido nas cenas, nos corpos, causam ao espectador o contato com sua própria dimensão surreal.
Crédito fotos:
Antropo100 – Fabio Vera Cruz
Scinestesia – Silvia Machado
