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Ubatuba entra em situação de epidemia da dengue

Ubatuba entra em situação de epidemia da dengue

A Vigilância em Saúde de Ubatuba informa que, desde a quarta-feira, 15 de maio, com a superação da marca de 300 casos de dengue confirmados laboratorialmente, o município passou a ser considerado em estado de epidemia da dengue. Segundo o Boletim Epidemiológico de 16 de maio, há um total de 327 casos de dengue com confirmação laboratorial – 319 autóctones e 08 importados.

Com isso, conforme orientação da secretaria estadual de Saúde, os novos casos identificados como suspeitos de dengue após avaliação médica (análise clínico epidemiológica) serão automaticamente confirmados, sem a necessidade de realização dos exames NS1 e de sorologia de dengue. Estes exames só serão feitos nos casos de suspeita de dengue grave.

A Vigilância salienta que a coleta de sangue para realização de hemograma continua a ser feita com o objetivo de acompanhar o quadro clínico do paciente. Já para as demais arboviroses, isto é, febre amarela, chikungunya e zika, a notificação continua sendo imediata e exames específicos para detecção dessas doenças continuam sendo solicitados.

A última epidemia de dengue em Ubatuba aconteceu no ano de 2015, quando foram registrados 4.892 casos notificados, dos quais 2.229 foram confirmados autóctones e 5 importados, conforme registrado na página do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE-SP).

Prevenção

A dengue continua a avançar em Ubatuba em função da presença do vírus tipo 2, que não havia tido circulação no município antes, e também do número elevado de criadouros do mosquito Aedes aegypti na cidade.

Conforme os dados mais recentes de Avaliação de Densidade Larvária (ADL), o índice geral de infestação em Ubatuba está em 1,8, o que continua a ser bem alto já que o ideal é que esse valor fique abaixo de 1,0.

Derly Alves dos Santos, chefe da Vigilância Ambiental, explica que a maior parte dos criadouros do mosquito não foi encontrada na rua, em casas de veraneio ou em terrenos baldios, mas sim dentro da casa dos moradores, o que amplia ainda mais a possibilidade de transmissão da dengue e de outras doenças.

Limpar calhas, verificar porta-escova de dentes, lavar bebedouros de animais, colocar sabão em pó em reservatório de água da geladeira, verificar pratos de plantas e tapar ralos não utilizados são medidas de prevenção à proliferação do mosquito que devem ser feitas semanalmente. “Essas ações previnem não só a transmissão da dengue, como também de outras arboviroses como a chikungunya, a febre amarela e a zika”, finaliza. O uso de repelentes também é recomendado como maneira de prevenção.

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